Vejamos por exemplo como construir um pequeno prédio de 8 apartamentos de R$140.000 cada um. Vamos imaginar que o custo de construção deste prédio seja de R$800.000 já com o valor do terreno, de forma a termos um lucro total de pouco mais de R$ 300.000 na hora da venda das unidades. São 57% de rendimento no final do empreendimento.
Podemos dividir o investimento em 80 cotas de R$ 10.000, sendo que cada 10 cotas equivalem a um apartamento completo. As pessoas que vão investir nesta incorporação podem comprar quantas cotas quiserem, mas podemos também definir uma quantidade mínima, por exemplo, 2 cotas por pessoa. Neste caso precisaríamos de no máximo 40 investidores.
No final de 24 meses (6 meses de projeto e 18 meses de construção, por exemplo), os apartamentos podem ser vendidos e os investidores partem com seu lucro, provavelmente para iniciar o próximo empreendimento. E assim segue a vida. A coisa toda é bastante simples depois de formarmos um grupo de pessoas focadas em investir seriamente nisto. E pelos valores expostos, dá para notar que podemos fazer isso com um capital inicial relativamente pequeno (no exemplo, apenas R$20.000).
Para quem não tem nem os R$20.000 iniciais, há ainda a possibilidade de fazer o mesmo tipo de investimento substituindo os R$20.000 iniciais por prestações mensais de R$1.000.
Outra coisa que deve ser levada em conta é que como não vamos pagar a construção e materiais todos logo no início, a quantia arrecadada entre os investidores fica investida na conta da incorporação, rendendo juros todo mês e aumentando ainda mais o lucro final.
Resumidamente o que fazemos depois de ter estruturado uma incorporação imobiliária (mesmo que pequena e informal entre poucos amigos) é usar o dinheiro arrecadado não para pagar a construção, mas sim, para comprar cartas de crédito já contempladas que serão usadas para alavancar mais ainda nosso capital. Dessa forma, precisamos juntar bem menos dinheiro de cada um dos participantes da nossa Incorporação.
Não necessariamente precisamos comprar consórcios já contemplados. Existem três alternativas que se enquadram bem nesta oportunidade:
- Podemos comprar cartas contempladas com muitas prestações pagas. Essas cartas possuem um valor de entrada maior, alavancando um pouco menos o nosso capital. Por outro lado, possuem uma característica bastante agradável. Elas praticamente não tem ágio. Como já tiveram muitas prestações pagas, elas não são tão fáceis de serem vendidas rapidamente a não ser que o ágio seja bastante baixo ou até mesmo inexistente. Com essas cartas conseguimos alavancar uns 60% a 65% a mais do que nosso capital inicial.
- Podemos comprar cartas já contempladas com ágio. Semelhante aos consórcios da opção anterior, mas com a diferença de serem cartas contempladas logo no início do grupo. Com essas cartas conseguimos uma grande alavancagem do nosso capital, praticamente 100%. Isso mesmo, dobramos o valor que temos disponível. Mas isso tem um custo, o ágio embutido nas cartas. Temos que estar cientes disso e lembrar de colocar esse valor no cálculo final dos nossos custos. De toda forma, essa é uma alternativa para construirmos mesmo tendo apenas metade do valor necessário.
- A última forma para alavancar nosso capital para a construção de imóvel é através de cartas novas, mas em grupos antigos. Nesses grupos já aconteceram muitas contemplações, efetivamente fazendo com que a quantidade e tamanho dos lances necessários para a contemplação sejam bem menores. Assim, com um lance de aproximadamente 50% do valor do crédito, conseguimos contemplar esses consórcios.
Tudo isso é muito bom, mas depois de construído ainda temos o prédio / casa / condomínio, alienados em nome da administradora do consórcio. No caso exposto, a construção de um prédio de apartamentos, já na fase do projeto resolvemos isso. As unidades individuais (cada apartamento) são descritas separadamente. Então usamos os consórcios para financiar a construção de cada unidade. Isso nos dá uma vantagem extra na hora da venda.
Quando formos vender cada apartamento, como temos as cartas de consórcio garantidas por cada um deles, vendemos o apartamento já “pré-financiado” para o comprador. Ele dará um valor de entrada correspondente ao valor que já investimos e nosso lucro no empreendimento e ficará com o restante das prestações de uma ou mais cartas que estão atreladas àquele apartamento que ele está adquirindo.
Mais uma possibilidade que temos: como investimos apenas pouco mais da metade do dinheiro da construção, o resto tendo sido financiado pelos consórcios, podemos dar ainda mais facilidades ao comprador e ainda ganhar um pouco mais de lucro no final. Podemos financiar a parte do valor que representa nosso lucro (afinal, esse dinheiro não saiu do nosso bolso) e ainda ganhar juros em cima disso.
Fonte: www.moedacorrente.com.br
1 comentários:
Ótimo post. Imóveis sempre são um bom investimento.
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